Essa é uma
dúvida comum entre adolescentes e, é claro, precisa de esclarecimentos. Embora
o beijo não cause a mais temida das doenças infecciosas (a Aids), ele pode
transmitir outros agentes causadores de problemas para saúde.
Além do vírus do
herpes labial, que pode ser transmitido pelo beijo (quando uma pessoa está com
lesões na boca e a outra nunca teve contato com o vírus), existe também outra
doença, menos conhecida pelos jovens, que é chamada de “doença do beijo” ou
mononucleose infecciosa.
Ela é provocada
pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e causa sintomas semelhantes aos de uma gripe
forte, com dores de garganta, de cabeça e musculares, febre alta e aumento dos
gânglios, entre outros.
Esses sintomas
podem ser intensos, deixando a pessoa bem cansada, e duram várias semanas. O
período de incubação é de duas a quatro semanas após o contato.
O fígado e o
baço também podem aumentar de tamanho de forma transitória, e a prática de
atividades físicas mais intensas está proibida durante a fase mais aguda da
doença (até por risco de ruptura do baço).
O vírus precisa
da saliva para ser transmitido (por isso é mais comum que seja passado durante
o beijo e, principalmente, entre adolescentes, que costumam variar mais seus
parceiros e parceiras de “ficadas”).
A maioria dos
adultos já entrou em contato com o vírus ao longo da vida, mas muitos nem
apresentam sintomas da doença.
O diagnóstico
final é feito com exame de sangue, e o tratamento é baseado em repouso e
remédios que aliviam febre e dor. Ainda não existe vacina para prevenir a
mononucleose.
A infecção pelo
EBV é considerada também um fator de risco para o desenvolvimento, no futuro,
de alguns tipos de linfomas (tumores que acometem os gânglios e o sistema de
defesa do nosso corpo).
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